quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pausa Produtiva.

Minhas tarefas diárias têm impedido a minha produção, mas li este texto e achei fantástico para as nossas reflexões.

Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamento, não se detenha na lembrança dos  momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na bênção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.

Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.


Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.

Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga; a superior, alivia; a inferior, culpa; a superior, perdoa; a inferior, condena.

Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!


(Chico Xavier)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Realista, sim. Pessimista, NUNCA.

Minha mãe é professora e desde pequena estou, mesmo que indiretamente, em contato com esta profissão. Ela sempre relatou os acontecimentos do cotidiano nas escolas em que ensinava, mas agora tenho uma capacidade melhor de compreensão, devido a idade e a maturidade. Como todos nós sabemos a situação está crítica. Este fato não me impossibilitou de enveredar pela mesma profissão. A realidade, principalmente nas escolas públicas, é conhecida de todos. Escolas com péssimas estruturas, profissionais mal remunerados, alunos sem o mínimo de educação doméstica, dentre outros. O fato é, diante desta realidade está havendo uma onda de pessimismo. Este sentimento está começando a ser passado para os alunos dentro das próprias Universidades, antes mesmo da conclusão da formação acadêmica e do confronto com a realidade. Esta semana um professor dizia que estamos na era da informação e do consumo, sendo que ao invés de lutar pelos direitos ou contra determinada situação os jovens, cada vez mais, querem se inserir no sistema. Mesmo sendo jovem e participante dessa nova geração concordo plenamente com esta afirmação, apesar de já ter "batido panela" na rua. Então, estamos diante de um sistema educacional público totalmente defasado, um pessimismo generalizado e uma geração apática. Considero até que o pessimismo vem da acomodação, pois já que não se quer fazer nada só resta achar que não tem mais jeito. Porém, mesmo sabendo a realidade nua e crua, ainda tenho esperança de conseguir ser bem sucedida na minha profissão e poder fazer algo pela educação. Quanto às ações coletivas não faço a mínima idéia. Mas não alimento pessimismo, caso contrário não continuaria minha graduação. O pessimismo bloqueia a criatividade, a motivação para as ações enfim, o pessimismo não leva a lugar algum. É um sentimento que só nos coloca na inércia.



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Interpretação Literária.

Quando estudava no colegial, nas aulas de português, após ler um texto ou uma obra literária o professor ou a professora perguntava: O que o autor quis dizer? Esta pergunta também era encontrada no vestibular, mas posteriormente houve uma reformulação. Começou-se a divulgação de entrevistas com autores das obras, sendo que nem estes conseguiam acertar as respostas. Este fato aliado a estudos acadêmicos ajudaram na reformulação pelo menos do vestibular. Aprende-se na Universidade que depois que o texto é publicado passa a pertencer ao leitor e não mais ao escritor, fato que confere uma certa liberdade de interpretação a quem está lendo. Porém, alguns adeptos da literatura e dos estudos literários ainda tendem a impor limites às interpretações. Acredito que não exista limites para as interpretações seja lá do que for. Isso de forma alguma invalida o trabalho de pesquisadores do campo literário, mas com uma boa retórica pode-se escrever o que quiser a respeito de uma obra e ninguém ainda me convenceu do contrário. O grande X da literatura e das teorias literárias é que quanto mais leituras fizermos mais alcançaremos um maior nível de abstração que nos permite, ao entrar em contato com uma obra literária ou um texto, fazermos conexões, dialogarmos com outras produções. Portanto, mais facilmente faremos interpretações.

sábado, 17 de abril de 2010

Destino ou Coincidência?

Nas minhas reflexões há um dilema recorrente. Certos encadeamentos de acontecimentos que norteiam as nossas vidas, destino ou mera coincidência? Temos sonhos e fazemos projetos. Lutamos para concretizá-los, mas as vezes as portas não se abrem. Algumas tentativas fracassadas e parece que "algo"  conspira contra. Ou será a favor? Então, outras portas se abrem e de repente nos vemos absortos em realidades  diferentes da que planejamos. Destino alguém lembrar que você está precisando de emprego e te  indicar uma vaga ou coincidência desta vaga abrir e você ser alocado? Destino você sair um pouco atrasado e deparar-se com o amor da sua vida ou mera coincidência? E os exemplos são infindos e corriqueiros. Ressaltando que para quem acredita na espiritualidade o destino é algo plausível e não fazendo juízos de valor se os resultados destes acontecimentos são bons ou ruins.  Mas, então, estamos destinados a um futuro traçado ou simplesmentes somos empurrados por coincidências?

sábado, 10 de abril de 2010

"Por uma Veleidade Arguta".

Este foi um tema proposto por um professor de  filosofia  na Universidade. Quem fez o curso nunca esqueceu esta  frase. Seu conceito ainda ficou flutuando nas nossas mentes. Porém, lembro-me que era algo relacionado a morte. Estudamos alguns filósofos, como Aristóteles. Gostei muito da sua astúcia e dos seus questionamentos, embora não tenha me aprofundado. A questão é, em se tratando do assunto morte, vem o tema religião. Assunto polêmico. Os acadêmicos, por exemplo, como tenho observado, apenas trata a história e as influências em seus estudos especificos. Mas, boa parte deles, se recusam a seguir alguma. Quanto mais se conhece menos se tem fé. Eu acredito na espiritualidade. Esta  não deve ser racionalizada. Nosso cérebro por mais incrível que seja ainda não tem condições de compreender ou captar  tudo. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã  filosofia" já dizia Sheakespeare. A espiritulidade, a  fé e a crença, me arrisco a dizer, são sensações. Você sente ou não. E se reflete diretamente na sua vida em forma de paz e felicidade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Tic Tac."

Meu relógio faz "tic tac", são 5 horas da manhã, "tic tac", tenho que acordar, "tic tac", pego o trânsito, "tic tac", vou para aula, "tic tac", trânsito, "tic tac", trabalho, "tic tac", internet, moodle, mil informações, "tic tac", cansaço, "tic tac", sono. Quando vou poder ler Nietzsche, Foucault, Derridá? Quando vou poder ler, mesmo que sejam aqueles  fragmentos de livros colocados na copiadora, mas que tem 100 páginas cada? E os resumos e as resenhas? E minha família, meus amigos, meus afetos? E minhas necessidades, meu lazer, minha vida? Estamos correndo para que? Cheguei a conclusão que o "tic tac" do meu relógio é inversamente proporcional a qualidade do que faço e da minha felicidade.

sábado, 3 de abril de 2010

Big Brother Brasil. Cultura Inútil?

Concordo com alguns autores quando dizem que a melhor educação é aquela que nos faz reflexivos e críticos. Fácil é se deixar levar pela opinião da coletividade e adotar idéias alheias pela simples preguiça da arte de pensar e de procurar  nos recôndidos da nossa mente o que realmente achamos. Não estou me excluindo. Sei que também tem o fator excesso de informação. Mal paramos para pensar em algo uma  nova informação surge. Para que possamos formular uma opinião precisamos, obviamente, conhecer. Já assisti algumas edições do BBB, porém mais interessada em aspectos pscicológicos e  comportamentais do ser humano. Nesta edição, e não considerando a possibilidade de tudo estar programado pela produção, tenho uma hipótese sobre a vitória de Dourado. Dourado pode estar representando uma aspecto do povo brasileiro. Ele defende sua sobrevivência literalmente no "muque", esmurrando as portas para conseguir vencer na vida. Não sei como nem porque ele foi parar no BBB de novo, mas ele se mostrou uma pessoa cheia de defeitos, mas que os reconhece. Forjada ou não demonstrou uma mudança. E não só o povo brasileiro, mas o ser humano é assim. Clama por uma nova oportunidade na vida, mas nem sempre a consegue. Foi uma vitória que despertou até uma certa "magia". Bom seria se todos nós pudêssemos ter uma nova chance como esta. Errar, reconhecer o erro, promover mudanças no nosso ser, talvez até de forma superficial, e sermos recompensados por isso. É disso que na minha opinião é feito o BBB. Das projeções do povo na vida alheia. Do que a maioria gostaria que acontecesse na sua vida. Olhando então por este  prisma é que faço do BBB algo útil. E ainda poderíamos fazer muitas outras análises sobre vários outros aspectos. Mas isso não  só vale para  o BBB  como para qualquer produção. Nada é inútil na minha opinião. Sempre podemos retirar  algo se sairmos do pedantismo. Mesmo que este "algo" demonstre aspectos não muito agradáveis da nossa cultura. Mas estão ai. Estão acontecendo. São produções que, ao mesmo tempo que são fruto da sociedade, a influencia.