Quando estudava no colegial, nas aulas de português, após ler um texto ou uma obra literária o professor ou a professora perguntava: O que o autor quis dizer? Esta pergunta também era encontrada no vestibular, mas posteriormente houve uma reformulação. Começou-se a divulgação de entrevistas com autores das obras, sendo que nem estes conseguiam acertar as respostas. Este fato aliado a estudos acadêmicos ajudaram na reformulação pelo menos do vestibular. Aprende-se na Universidade que depois que o texto é publicado passa a pertencer ao leitor e não mais ao escritor, fato que confere uma certa liberdade de interpretação a quem está lendo. Porém, alguns adeptos da literatura e dos estudos literários ainda tendem a impor limites às interpretações. Acredito que não exista limites para as interpretações seja lá do que for. Isso de forma alguma invalida o trabalho de pesquisadores do campo literário, mas com uma boa retórica pode-se escrever o que quiser a respeito de uma obra e ninguém ainda me convenceu do contrário. O grande X da literatura e das teorias literárias é que quanto mais leituras fizermos mais alcançaremos um maior nível de abstração que nos permite, ao entrar em contato com uma obra literária ou um texto, fazermos conexões, dialogarmos com outras produções. Portanto, mais facilmente faremos interpretações.
Olá,
ResponderExcluirUma das coisas que eu num entendi, desde os tempos de colegial, foi a tal interpretação de texto, sempre contrariava aquilo que o professor queria que eu escrevesse.
A aplicação das leis varia de juiz para juiz, vai da interpretação aplicada a cada fato, o que depende dos advogados das parte envolvidas. Tanto que os advogados costumam dizer cada caso é um caso.
Interpretação... parece que a palavra já diz tudo, ao menos a mim.
No caso de interpretação de texto o que o professor deveria avaliar é aquilo que o aluno escreveu mas, jamais o sentido, o significado, aquilo que o aluno depreendeu do texto, pois isso é individual, pessoal e depende da aquilo que o aluno está sentindo no momento em que está fazendo a interpretação.
No que diz a peças de teatro, ou novelas e filmes, não é raro ouvirmos dizer algo como "o ator ou atriz X interpretou melhor aquele personagem".
Ou seja, interpretação alguma é algo objetivo, como 2 + 2 = 4.
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz
é como diria uma professora que (infelizmente) tive no primeiro semestre: "a obra é um inventário aberto, mas não escancarado", já que o leitor tem liberdade de interpretar o texto à sua maneira, mas suas afirmações quanto a ele devem ser respaldadas de maneira coerente ao que está escrito. postei um texto que aborda isso de uma maneira mais existencial, chama-se "utopia". aliás, hoje cheguei à conclusão de que uma das coisas que me impedem de voltar a postar é que meus textos tem um sentido tão amplo e essencial que terminam englobando todos os temas, é como se eu já não tivesse mais o que escrever...
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