Minha mãe é professora e desde pequena estou, mesmo que indiretamente, em contato com esta profissão. Ela sempre relatou os acontecimentos do cotidiano nas escolas em que ensinava, mas agora tenho uma capacidade melhor de compreensão, devido a idade e a maturidade. Como todos nós sabemos a situação está crítica. Este fato não me impossibilitou de enveredar pela mesma profissão. A realidade, principalmente nas escolas públicas, é conhecida de todos. Escolas com péssimas estruturas, profissionais mal remunerados, alunos sem o mínimo de educação doméstica, dentre outros. O fato é, diante desta realidade está havendo uma onda de pessimismo. Este sentimento está começando a ser passado para os alunos dentro das próprias Universidades, antes mesmo da conclusão da formação acadêmica e do confronto com a realidade. Esta semana um professor dizia que estamos na era da informação e do consumo, sendo que ao invés de lutar pelos direitos ou contra determinada situação os jovens, cada vez mais, querem se inserir no sistema. Mesmo sendo jovem e participante dessa nova geração concordo plenamente com esta afirmação, apesar de já ter "batido panela" na rua. Então, estamos diante de um sistema educacional público totalmente defasado, um pessimismo generalizado e uma geração apática. Considero até que o pessimismo vem da acomodação, pois já que não se quer fazer nada só resta achar que não tem mais jeito. Porém, mesmo sabendo a realidade nua e crua, ainda tenho esperança de conseguir ser bem sucedida na minha profissão e poder fazer algo pela educação. Quanto às ações coletivas não faço a mínima idéia. Mas não alimento pessimismo, caso contrário não continuaria minha graduação. O pessimismo bloqueia a criatividade, a motivação para as ações enfim, o pessimismo não leva a lugar algum. É um sentimento que só nos coloca na inércia.
Olá,
ResponderExcluirTeu professor, digamos, está certo e errado ao mesmo tempo. Depende da ótica.
Ontem, conversando com um parceiro, este contou-me de um político que fora seu colega de colégio. Ele engajado nas lutas sociais e o outro buscando seus interesses pessoais.
O engajado, o idealista, não passa fome, mas leva uma vidinha de sacrifícios.
O outro, que já pensava em locupletar-se na adolescência, está, literalmente, por cima da carne seca.
À juventude, se eu puder dar um conselho, diria, sigam suas consciências, mas não esqueçam, estas também precisam de feijão e arroz. O esquecimento disto poderá trazer arrependimentos na velhice.
Saúde e felicidade.
JPedro Metz
esse seu "nunca" é tão pessimista...
ResponderExcluirComo tudo muda poderia-se ter uma nova forma de manifestação, não necessariamente nos mesmos moldes das gerações passadas. Se não for viável devido às contingências algo coletivo que faça-se a sua parte individualmente seja nas mínimas coisas. Concordo quando fala que as vezes a necessidade do feijão e arroz dificulta algumas ações. Mas ainda acredito em alternativas e rezo para ter uma luz criativa ou que alguém a tenha.
ResponderExcluirO "nunca tão pessimista" não entendi a abstração.
ResponderExcluir