quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dançe sua própria música.

Tocaram a música errada e meu corpo saiu dançando, enquanto minha alma aos poucos fugiu.
Ela deve estar por ai a dançar sua própria música esperando que o corpo se canse e vá procurar por ela.
Quem ou o que me roubou de mim?
Foi o tudo?
Ou será que foi o nada?
O vazio das coisas feitas sem sentido?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Sete Ciganos".


Amigo Tony,

Fiz algumas reflexões e cheguei a conclusão de que todos nós devíamos ser um pouco Ciganos. Saber aproveitar o momento presente, descobrindo novos lugares e fazendo contato com pessoas com suas diversas formas de ver a vida. Um dos aspectos mais importantes na nossa existência é justamente o contato com o outro, quando podemos experimentar sentimentos e realizarmos trocas. Viver o momento sem muita preocupação com o futuro. Aprender a recomeçar e mudar. Aprender a amar sem precisar  da  presença constante do outro. Saber o momento de estar e de partir, confiando na vida e na nossa missão única que é a cada passo evoluir.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Animal Guia.

Esta na hora da renovação!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Falando com Deus.

Obrigada pelas flores que muitas vezes não soube contemplar;
Pelos mistérios da vida que a nós deve fascinar;
Peço os olhos de criança restaurar;
Mas por que os versos tem que rimar?
Se o que sai é do coração?
Tem o seu sentido, mas nem sempre explicação;
O mal do adulto é buscar a razão;
Para o que não se conhece a cientificação;
Perde-se o que é mais belo na vida;
O sentir a presença Divina;

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Algumas dualidades

Para o medo, compreensão
Para a vida, aprendizagem
Para a morte, naturalidade
Para achar-se, perder-se
Do caos construir algo novo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Áqueles que não "escutam".

Coragem!
O papel de vítima já não lhe cabe mais;
Até quando fugirá?
Não existem heróis;
E sim pessoas que enfrentaram seus problemas;
Caso contrário não teríamos avanços na humanidade;
A posição que ocupamos no mundo depende de como estamos internamente;
Ao sairmos do mundo apertado do negativismo;
Expandimos e damos espaço para as idéias luminosas.
TRANSCENDA!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

The Institution of Married.

O casamento, como podemos observar na história, surgiu como uma espécie de contrato no qual as famílias se comprometiam através da união de dois membros. Este compromisso tinha motivações de diversos tipos não incluindo o sentimento. Jane Austen, no século XVIII, já apresenta em seus romances uma crítica ao casamento na Inglaterra. Alguns personagens femininos se rebelavam contra o matrimônio forçado e escolhiam seus próprios maridos por amor. Em sociedades de vários países e em épocas distintas questionou-se a forma como a união era oficializada, fato que culminou, em alguns lugares, na mudança. Mas será que esta mudança realmente ocorreu? O casamento, principalmente na modernidade, é uma instituição falida. A maioria das pessoas nem sabem direito porque casam. Se observarmos a quantidade de divórcios e o tempo em que duram estes relacionamentos excluiríamos o amor como motivação para esta união. Considerando que a maioria casa na faixa dos vinte podemos deduzir por inferência a influência da cultura dos nossos avós, em que a idade ainda é um fator determinante, caso contrário, considera-se que já se está “passando do tempo”. E o fator mais determinante: os dois terem poder aquisitivo para tal. Então, voltamos às motivações das épocas remotas da nossa história, porque afinal "quem casa quer casa". Caso contrário prorroga-se até que este estágio seja alcançado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Humanista Convicta.

" A tarefa do humanista não é apenas ocupar uma posição ou um lugar, nem simplesmente pertencer a algum local, mas antes estar ao mesmo tempo por dentro e por fora das idéias e valores circulantes que estão em debate, na nossa sociedade, na sociedade de alguma outra pessoa ou na sociedade do outro." (SAID, 2007, p. 42). Esta citação retirada do livro Humanista e Críticas Democráticas de Edward Said é um exemplo de sincronicidade. Vou explicar-me, já que farei uma escrita intertextual. Ao ler o blog de um amigo, elucidou-me sobre uma questão que coloquei aqui. Destino ou Coincidência? E ele resolveu a minha questão escrevendo que o que há,  na sua visão particular, é sincronicidade. "A Rede Cósmica existe e o que se considera coincidência nada mais é que sincronicidade. Estamos todos completamente conectados, mesmo que tentemos fugir disso em alguns momentos sombrios. O que acontece no Universo é de responsabilidade de todos nós, desde as coisas mais hediondas às mais belas. Somos Um." (ARUANDA, 2010). Então, considero a leitura do texto de Said neste momento particular da  minha vida  um exemplo de sincronicidade. A humanidade está acostumada a adotar discursos e se fechar em determinados dogmas e conceitos. Acontece que a  maioria das idéias, valores e conceitos que desde crianças adotamos como verdades gerais são produzidos por pessoas que conseguem impor suas idéias por estarem imbuidos de PODER. Pessoas como eu e você com traumas, sombras e alegrias mundanas ou não, com bagagem intelectual de vários tipos e intenções muitas vezes "duvidosas". Porém, por estarem empossados de poder conseguem divulgar e  até impor a sua visão de mundo. Quando digo intenções duvidosas me refiro a motivações capitalistas, em outras épocas monetárias, ou até mesmo "egoísticas" e que por consequência não beneficiam a maioria. Coloco-me na posição  de humanista, mas não como alguém também dotada de poder e produtora de discursos libertadores, mas sim como uma maneira de encarar a vida. Uma forma ao meu ver equilibrada por estar dentro de um sistema, mas saber posicionar-me, questionar e, muitas vezes, me libertar.

sábado, 12 de junho de 2010

Namorar por namorar não tem graça.

A maioria das pessoas, nos dias de hoje, não sabem como se relacionar. Como já é do conhecimento de todos existem vários tipos de relacionamento que não pretendo contemplá-los aqui. Refiro-me a relacionamento amoroso entre seres de sexos opostos que é o que me cabe. Antigamente as mulheres não tinham muita escolha, visto que  não se inseriam economicamente na sociedade, além de outros fatores e, portanto, precisava dos homens  para sobreviver. Aquelas que conseguiam casar-se com a pessoa amada ou até passava a amá-lo com a convivência era sortuda. Os homens eram  mais livres na escolha porém, sabia  que, antes de qualquer coisa, teria uma mulher que seria dedicada a ele e ao lar. Hoje em dia, a mulher já ganhou espaço no mercado de trabalho, já ocupa postos antes não permitidos, embora tenha muito ainda a ser conquistado. Tenho percebido que os homens não sabem mais o que fazer em um relacionamento. As mulheres não dependem mais deles, além do que as tarefas, principalmente do lar, estão perdendo a divisão. Diante da nova configuração social eles "acham" que querem uma mulher inteligente, bem sucedida e economicamente ativa, mas ao se relacionarem com uma ficam inseguros e o relacionamento se tranforma numa competição de "egos". Então, tenta-se de várias formas diminuí-la e colocá-la no mesmo lugar comum. As mulheres por seu turno ainda tem muito medo de ficarem sozinhas, o homem ainda confere "status", mudar pensamentos tão enraizados não é algo que se faça da noite para o dia. Mudar velhos conceitos não é nada fácil e, por isso, algumas mulheres ainda aceitam fazer papéis duplos ou triplos, enfim... Para não ser injusta homens e mulheres não querem ficar sozinhos então, troca-se de relacionamento com frequência, sem muita seleção e, as vezes, até para esquecer um relacionamento anterior. Hoje, por experiência  própria, vejo que mais válido do que esquecer uma pessoa com outra é ter um tempo consigo mesmo refletindo e dirimindo mágoas antigas, deixando que todo o passado fique, cada vez mais, distante e descobrindo o universo que há em si mesmo. Estando bem consigo mesmo ficará mais fácil escolher uma pessoa, sem o "véu" da carência e do medo da solidão. E quando essas duas pessoas se encontrarem que o amor, possa trazer a compreensão, a confiança e, acima de tudo, a valorização que nós mulheres tanto estamos precisando.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pausa Produtiva.

Minhas tarefas diárias têm impedido a minha produção, mas li este texto e achei fantástico para as nossas reflexões.

Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamento, não se detenha na lembrança dos  momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na bênção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.

Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.


Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.

Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga; a superior, alivia; a inferior, culpa; a superior, perdoa; a inferior, condena.

Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!


(Chico Xavier)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Realista, sim. Pessimista, NUNCA.

Minha mãe é professora e desde pequena estou, mesmo que indiretamente, em contato com esta profissão. Ela sempre relatou os acontecimentos do cotidiano nas escolas em que ensinava, mas agora tenho uma capacidade melhor de compreensão, devido a idade e a maturidade. Como todos nós sabemos a situação está crítica. Este fato não me impossibilitou de enveredar pela mesma profissão. A realidade, principalmente nas escolas públicas, é conhecida de todos. Escolas com péssimas estruturas, profissionais mal remunerados, alunos sem o mínimo de educação doméstica, dentre outros. O fato é, diante desta realidade está havendo uma onda de pessimismo. Este sentimento está começando a ser passado para os alunos dentro das próprias Universidades, antes mesmo da conclusão da formação acadêmica e do confronto com a realidade. Esta semana um professor dizia que estamos na era da informação e do consumo, sendo que ao invés de lutar pelos direitos ou contra determinada situação os jovens, cada vez mais, querem se inserir no sistema. Mesmo sendo jovem e participante dessa nova geração concordo plenamente com esta afirmação, apesar de já ter "batido panela" na rua. Então, estamos diante de um sistema educacional público totalmente defasado, um pessimismo generalizado e uma geração apática. Considero até que o pessimismo vem da acomodação, pois já que não se quer fazer nada só resta achar que não tem mais jeito. Porém, mesmo sabendo a realidade nua e crua, ainda tenho esperança de conseguir ser bem sucedida na minha profissão e poder fazer algo pela educação. Quanto às ações coletivas não faço a mínima idéia. Mas não alimento pessimismo, caso contrário não continuaria minha graduação. O pessimismo bloqueia a criatividade, a motivação para as ações enfim, o pessimismo não leva a lugar algum. É um sentimento que só nos coloca na inércia.



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Interpretação Literária.

Quando estudava no colegial, nas aulas de português, após ler um texto ou uma obra literária o professor ou a professora perguntava: O que o autor quis dizer? Esta pergunta também era encontrada no vestibular, mas posteriormente houve uma reformulação. Começou-se a divulgação de entrevistas com autores das obras, sendo que nem estes conseguiam acertar as respostas. Este fato aliado a estudos acadêmicos ajudaram na reformulação pelo menos do vestibular. Aprende-se na Universidade que depois que o texto é publicado passa a pertencer ao leitor e não mais ao escritor, fato que confere uma certa liberdade de interpretação a quem está lendo. Porém, alguns adeptos da literatura e dos estudos literários ainda tendem a impor limites às interpretações. Acredito que não exista limites para as interpretações seja lá do que for. Isso de forma alguma invalida o trabalho de pesquisadores do campo literário, mas com uma boa retórica pode-se escrever o que quiser a respeito de uma obra e ninguém ainda me convenceu do contrário. O grande X da literatura e das teorias literárias é que quanto mais leituras fizermos mais alcançaremos um maior nível de abstração que nos permite, ao entrar em contato com uma obra literária ou um texto, fazermos conexões, dialogarmos com outras produções. Portanto, mais facilmente faremos interpretações.

sábado, 17 de abril de 2010

Destino ou Coincidência?

Nas minhas reflexões há um dilema recorrente. Certos encadeamentos de acontecimentos que norteiam as nossas vidas, destino ou mera coincidência? Temos sonhos e fazemos projetos. Lutamos para concretizá-los, mas as vezes as portas não se abrem. Algumas tentativas fracassadas e parece que "algo"  conspira contra. Ou será a favor? Então, outras portas se abrem e de repente nos vemos absortos em realidades  diferentes da que planejamos. Destino alguém lembrar que você está precisando de emprego e te  indicar uma vaga ou coincidência desta vaga abrir e você ser alocado? Destino você sair um pouco atrasado e deparar-se com o amor da sua vida ou mera coincidência? E os exemplos são infindos e corriqueiros. Ressaltando que para quem acredita na espiritualidade o destino é algo plausível e não fazendo juízos de valor se os resultados destes acontecimentos são bons ou ruins.  Mas, então, estamos destinados a um futuro traçado ou simplesmentes somos empurrados por coincidências?

sábado, 10 de abril de 2010

"Por uma Veleidade Arguta".

Este foi um tema proposto por um professor de  filosofia  na Universidade. Quem fez o curso nunca esqueceu esta  frase. Seu conceito ainda ficou flutuando nas nossas mentes. Porém, lembro-me que era algo relacionado a morte. Estudamos alguns filósofos, como Aristóteles. Gostei muito da sua astúcia e dos seus questionamentos, embora não tenha me aprofundado. A questão é, em se tratando do assunto morte, vem o tema religião. Assunto polêmico. Os acadêmicos, por exemplo, como tenho observado, apenas trata a história e as influências em seus estudos especificos. Mas, boa parte deles, se recusam a seguir alguma. Quanto mais se conhece menos se tem fé. Eu acredito na espiritualidade. Esta  não deve ser racionalizada. Nosso cérebro por mais incrível que seja ainda não tem condições de compreender ou captar  tudo. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã  filosofia" já dizia Sheakespeare. A espiritulidade, a  fé e a crença, me arrisco a dizer, são sensações. Você sente ou não. E se reflete diretamente na sua vida em forma de paz e felicidade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Tic Tac."

Meu relógio faz "tic tac", são 5 horas da manhã, "tic tac", tenho que acordar, "tic tac", pego o trânsito, "tic tac", vou para aula, "tic tac", trânsito, "tic tac", trabalho, "tic tac", internet, moodle, mil informações, "tic tac", cansaço, "tic tac", sono. Quando vou poder ler Nietzsche, Foucault, Derridá? Quando vou poder ler, mesmo que sejam aqueles  fragmentos de livros colocados na copiadora, mas que tem 100 páginas cada? E os resumos e as resenhas? E minha família, meus amigos, meus afetos? E minhas necessidades, meu lazer, minha vida? Estamos correndo para que? Cheguei a conclusão que o "tic tac" do meu relógio é inversamente proporcional a qualidade do que faço e da minha felicidade.

sábado, 3 de abril de 2010

Big Brother Brasil. Cultura Inútil?

Concordo com alguns autores quando dizem que a melhor educação é aquela que nos faz reflexivos e críticos. Fácil é se deixar levar pela opinião da coletividade e adotar idéias alheias pela simples preguiça da arte de pensar e de procurar  nos recôndidos da nossa mente o que realmente achamos. Não estou me excluindo. Sei que também tem o fator excesso de informação. Mal paramos para pensar em algo uma  nova informação surge. Para que possamos formular uma opinião precisamos, obviamente, conhecer. Já assisti algumas edições do BBB, porém mais interessada em aspectos pscicológicos e  comportamentais do ser humano. Nesta edição, e não considerando a possibilidade de tudo estar programado pela produção, tenho uma hipótese sobre a vitória de Dourado. Dourado pode estar representando uma aspecto do povo brasileiro. Ele defende sua sobrevivência literalmente no "muque", esmurrando as portas para conseguir vencer na vida. Não sei como nem porque ele foi parar no BBB de novo, mas ele se mostrou uma pessoa cheia de defeitos, mas que os reconhece. Forjada ou não demonstrou uma mudança. E não só o povo brasileiro, mas o ser humano é assim. Clama por uma nova oportunidade na vida, mas nem sempre a consegue. Foi uma vitória que despertou até uma certa "magia". Bom seria se todos nós pudêssemos ter uma nova chance como esta. Errar, reconhecer o erro, promover mudanças no nosso ser, talvez até de forma superficial, e sermos recompensados por isso. É disso que na minha opinião é feito o BBB. Das projeções do povo na vida alheia. Do que a maioria gostaria que acontecesse na sua vida. Olhando então por este  prisma é que faço do BBB algo útil. E ainda poderíamos fazer muitas outras análises sobre vários outros aspectos. Mas isso não  só vale para  o BBB  como para qualquer produção. Nada é inútil na minha opinião. Sempre podemos retirar  algo se sairmos do pedantismo. Mesmo que este "algo" demonstre aspectos não muito agradáveis da nossa cultura. Mas estão ai. Estão acontecendo. São produções que, ao mesmo tempo que são fruto da sociedade, a influencia.

domingo, 28 de março de 2010

"Ser eu mesma."

Eu queria poder ser  mais eu mesma. Sei que a definição do ser é algo extremamente subjetivo e que muitas pessoas se negam a fazê-la por saberem disso. Também por terem consciência que nesta caracterização está a percepção do outro que nem sempre está consonante com a nossa. Então, falo aqui da definição que envolve aspectos que nos fazem inseridos na sociedade. Por exemplo, comecei a malhar e a tentar comer menos doces, isso foi algo que achei legal, pois gostei do efeito visual de perder peso e da melhora que senti na minha saúde, embora me ache um "peixe fora d'água" no ambiente da acadêmia de ginástica. Isso sabendo que tem muitas pessoas que vivem oprimidas por serem sedentárias convictas e viverem a escravidão da beleza e da magreza, então isso tirei de letra. Mas, e quanto ao que eu quero seguir enquanto profissão? Transito entre duas áreas. Todas estão exigindo muito estudo, dedicação e persistência, mas zero de retorno financeiro. Isso porque não quero ser uma mera trabalhadora para o capital. O conhecimento é algo que depois de adquirido ninguém mais nos tira, verdade. Porém, os valores hoje são outros. As vezes me sinto vivendo a margem, pois muito conhecimento e nenhum poder aquisitivo. Também o retorno futuro de tanto estudo não é garantido. Não quero acordar e saber que irei trabalhar só pelo dinheiro. Tem que ter significado, tem que me fazer vibrar e, principalmente, contribuir de alguma forma com o entorno. Continuo persistindo, mesmo sabendo das incertezas e das críticas negativas alheias, talvez pela ignorância destas ou apenas por estarem condicionadas. Estou tentando achar o equilíbrio entre "ser eu mesma" e ter sucesso no contexto que vivo mesmo que ele não seja o mais justo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por quê?

Por que quem constroi prédios é melhor remunerado do que quem constroi conhecimento?
Por que quem trabalha com robôs é mais valorizado do que quem trabalha com o ser humano?
Por que quem administra o dinheiro é mais prestigiado do que quem administra pessoas?
Por que as celebridades são mais ovacionadas do que os nossos mestres educadores?
Por que as pessoas estão se perdendo de si mesmas?

terça-feira, 23 de março de 2010

A língua como vestimenta social.


Sou estudante de letras e como tal, ao contrário do que pensam, não estudo para dominar a gramática. Logo ao entrar na universidade, tive um estranhamento. É como se tivessem tirado meu chão. Boa parte do conhecimento adquirido até então e algumas crenças foram por água abaixo. Passei a refletir sobre a língua amparada, principalmente, pelas Teorias Lingüísticas. Uma das propostas do curso é aprender que a gramática como conhecemos foi criada por uma classe dominante, que estabeleceu o que era “culto”. A gramática normativa prescreve o uso correto da língua, sendo os demais usos estigmatizados pela sociedade. Portanto, fica clara a noção de que o que é considerado como a maneira certa de falar ou escrever está baseado, espelhado no que foi estabelecido pelas pessoas detentoras do poder. Porém, apesar de ser contra o preconceito lingüístico, considero que a língua deve ser como a roupa que vestimos. Devemos saber fazer uso destas normas se quisermos ser bem aceitos e até como forma de facilitar nossas vidas, já que não tem como de uma hora para outra mudar as convenções sociais. Esta analogia da língua com a vestimenta foi feita por mim quando finalmente, depois de estudar muitas teorias linguísticas, entendi o que estava estudando, porém depois ouvi isso de várias pessoas. Deve ser a primeira coisa que as pessoas pensam quando se trata do assunto.

OBS: Como se trata de um blog, ou seja, não científico não tem referências nem conceitos. Pode ser criticado. Também aceito sugestões, a intenção é enriquecer as reflexões.

Representatividade x Apropriação.

Quando estava fazendo o bacharelado em Administração, desenvolvi na Iniciação Científica  um trabalho sobre cooperativas populares. Estas estão inseridas no que  alguns autores chamam de uma alternativa ao capitalismo, a Economia Solidária. Ao observar estes grupos e nas discussões com o grupo da pesquisa algumas questões viam à tona. Observa-se que mesmo aquelas pessoas sem educação formal, ou analfabetas, semi-analfabetas, enfim, aquelas pessoas consideradas marginalizadas na sociedade, possuem saberes. Além de cooperativas de trabalho, existem ainda grupos culturais populares, aquele rapaz do cafezinho, a mulher que abre a janela da casa e vende balas, etc. Todos eles de alguma forma estão produzindo, criando da sua forma, por vezes, intuitiva e, muitas vezes, desprovidos do conhecimento acadêmico, porém com seus "saberes" próprios desenvolvidos na experiência da vida. Passando por esta experiência da Iniciação Científica, vieram debates em sala de aula em outro curso e em outra universidade, onde comecei a maturar a reflexão e fazer pontes. Michel Foucault (1972) fala no texto Os Intelectuais e o Poder, a respeito da "indignidade de se representar o outro", defendendo a idéia da auto-representatividade da pessoa ou do grupo pesquisado que fala por si sem a intermediação do pesquisador. A este ponto que queria chegar. A acadêmia em suas diversas áreas tem se interessado em estudar estes saberes e estas produções populares e tem se discutido muito até que ponto pode-se ir sem interferir na auto-representatividade. O problema, na minha opinião e como coloquei em sala de aula, é a apropriação destes saberes por quem está pesquisando. Porém, não vejo indignidade na sua representação, a menos que seja feita de forma a inferiorizar ou deturpar a realidade. Existem produções culturais populares que estão desaparecendo e seu estudo é uma forma de perpetuá-los na memória coletiva. Outros estão acontecendo e são desconhecidos. Portanto, representá-los de forma respeitosa e coerente é válido, a apropriação que é desleal e indigna.

Devemos estar mais atentos para escolher pelo que vale a pena sofrer.

Estamos vivendo na era tecnológica e da informação, isso não é novidade para ninguém. Estes recursos tecnológicos tem modificado a forma de relacionamento entre as pessoas e vive-se numa espécie de "Big Brother". Porém, mais especificamente, um fênomeno da era digital me intriga. O site de relacionamentos orkut. O Brasil é um dos países que mais possui usuários deste site, cuja dinâmica ainda não foi estudada por ninguém. No entanto, está ai causando interferências significativas na vida das pessoas muitas delas nem se dão conta do quanto. Existem pessoas que fazem um personagem de si mesmas e agora possuem este recurso. Somos estimulados com fotos, vídeos, depoimentos de amigos quase que reinventa-se uma vida como uma ficção de cinema. A partir disso, criamos ilusões com informações que, na maioria das vezes, nada tem a ver com a realidade. Mulheres, com toda certeza, são mais emotivas e ainda são inspiradas por romances de contos de fada. Porém, tomem cuidado, nem tudo aquilo que se vê é o que se é. Seu príncipe na realidade pode ser um sapo. Fênomeno pscicológico interessante o orkut. Atenção pesquisadores!

A motivação inicial.

Comecei este blog motivada pela leitura do blog de outra pessoa. Resumidamente, esta pessoa estava sofrendo por um amor que de platônico se tornou não correspondido (embora no sentido da palavra platônico esteja embutida a não correspondência, porém pelo desconhecimento por parte da pessoa amada, daí a diferença). Porém, este sentimento advinha de fantasias criadas a partir e principalmente do que era visto em um site de relacionamentos, mais especificamente o orkut. No intuito de ajudá-la, já que tinha respostas para seus questionamentos, por conhecer a referida pessoa amada, escrevi uma reflexão que foi perdida, mas tentei reformulá-la.