sexta-feira, 21 de maio de 2010

Realista, sim. Pessimista, NUNCA.

Minha mãe é professora e desde pequena estou, mesmo que indiretamente, em contato com esta profissão. Ela sempre relatou os acontecimentos do cotidiano nas escolas em que ensinava, mas agora tenho uma capacidade melhor de compreensão, devido a idade e a maturidade. Como todos nós sabemos a situação está crítica. Este fato não me impossibilitou de enveredar pela mesma profissão. A realidade, principalmente nas escolas públicas, é conhecida de todos. Escolas com péssimas estruturas, profissionais mal remunerados, alunos sem o mínimo de educação doméstica, dentre outros. O fato é, diante desta realidade está havendo uma onda de pessimismo. Este sentimento está começando a ser passado para os alunos dentro das próprias Universidades, antes mesmo da conclusão da formação acadêmica e do confronto com a realidade. Esta semana um professor dizia que estamos na era da informação e do consumo, sendo que ao invés de lutar pelos direitos ou contra determinada situação os jovens, cada vez mais, querem se inserir no sistema. Mesmo sendo jovem e participante dessa nova geração concordo plenamente com esta afirmação, apesar de já ter "batido panela" na rua. Então, estamos diante de um sistema educacional público totalmente defasado, um pessimismo generalizado e uma geração apática. Considero até que o pessimismo vem da acomodação, pois já que não se quer fazer nada só resta achar que não tem mais jeito. Porém, mesmo sabendo a realidade nua e crua, ainda tenho esperança de conseguir ser bem sucedida na minha profissão e poder fazer algo pela educação. Quanto às ações coletivas não faço a mínima idéia. Mas não alimento pessimismo, caso contrário não continuaria minha graduação. O pessimismo bloqueia a criatividade, a motivação para as ações enfim, o pessimismo não leva a lugar algum. É um sentimento que só nos coloca na inércia.



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Interpretação Literária.

Quando estudava no colegial, nas aulas de português, após ler um texto ou uma obra literária o professor ou a professora perguntava: O que o autor quis dizer? Esta pergunta também era encontrada no vestibular, mas posteriormente houve uma reformulação. Começou-se a divulgação de entrevistas com autores das obras, sendo que nem estes conseguiam acertar as respostas. Este fato aliado a estudos acadêmicos ajudaram na reformulação pelo menos do vestibular. Aprende-se na Universidade que depois que o texto é publicado passa a pertencer ao leitor e não mais ao escritor, fato que confere uma certa liberdade de interpretação a quem está lendo. Porém, alguns adeptos da literatura e dos estudos literários ainda tendem a impor limites às interpretações. Acredito que não exista limites para as interpretações seja lá do que for. Isso de forma alguma invalida o trabalho de pesquisadores do campo literário, mas com uma boa retórica pode-se escrever o que quiser a respeito de uma obra e ninguém ainda me convenceu do contrário. O grande X da literatura e das teorias literárias é que quanto mais leituras fizermos mais alcançaremos um maior nível de abstração que nos permite, ao entrar em contato com uma obra literária ou um texto, fazermos conexões, dialogarmos com outras produções. Portanto, mais facilmente faremos interpretações.