Nas minhas reflexões há um dilema recorrente. Certos encadeamentos de acontecimentos que norteiam as nossas vidas, destino ou mera coincidência? Temos sonhos e fazemos projetos. Lutamos para concretizá-los, mas as vezes as portas não se abrem. Algumas tentativas fracassadas e parece que "algo" conspira contra. Ou será a favor? Então, outras portas se abrem e de repente nos vemos absortos em realidades diferentes da que planejamos. Destino alguém lembrar que você está precisando de emprego e te indicar uma vaga ou coincidência desta vaga abrir e você ser alocado? Destino você sair um pouco atrasado e deparar-se com o amor da sua vida ou mera coincidência? E os exemplos são infindos e corriqueiros. Ressaltando que para quem acredita na espiritualidade o destino é algo plausível e não fazendo juízos de valor se os resultados destes acontecimentos são bons ou ruins. Mas, então, estamos destinados a um futuro traçado ou simplesmentes somos empurrados por coincidências?
sábado, 17 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
"Por uma Veleidade Arguta".
Este foi um tema proposto por um professor de filosofia na Universidade. Quem fez o curso nunca esqueceu esta frase. Seu conceito ainda ficou flutuando nas nossas mentes. Porém, lembro-me que era algo relacionado a morte. Estudamos alguns filósofos, como Aristóteles. Gostei muito da sua astúcia e dos seus questionamentos, embora não tenha me aprofundado. A questão é, em se tratando do assunto morte, vem o tema religião. Assunto polêmico. Os acadêmicos, por exemplo, como tenho observado, apenas trata a história e as influências em seus estudos especificos. Mas, boa parte deles, se recusam a seguir alguma. Quanto mais se conhece menos se tem fé. Eu acredito na espiritualidade. Esta não deve ser racionalizada. Nosso cérebro por mais incrível que seja ainda não tem condições de compreender ou captar tudo. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia" já dizia Sheakespeare. A espiritulidade, a fé e a crença, me arrisco a dizer, são sensações. Você sente ou não. E se reflete diretamente na sua vida em forma de paz e felicidade.
terça-feira, 6 de abril de 2010
"Tic Tac."
Meu relógio faz "tic tac", são 5 horas da manhã, "tic tac", tenho que acordar, "tic tac", pego o trânsito, "tic tac", vou para aula, "tic tac", trânsito, "tic tac", trabalho, "tic tac", internet, moodle, mil informações, "tic tac", cansaço, "tic tac", sono. Quando vou poder ler Nietzsche, Foucault, Derridá? Quando vou poder ler, mesmo que sejam aqueles fragmentos de livros colocados na copiadora, mas que tem 100 páginas cada? E os resumos e as resenhas? E minha família, meus amigos, meus afetos? E minhas necessidades, meu lazer, minha vida? Estamos correndo para que? Cheguei a conclusão que o "tic tac" do meu relógio é inversamente proporcional a qualidade do que faço e da minha felicidade.
sábado, 3 de abril de 2010
Big Brother Brasil. Cultura Inútil?
Concordo com alguns autores quando dizem que a melhor educação é aquela que nos faz reflexivos e críticos. Fácil é se deixar levar pela opinião da coletividade e adotar idéias alheias pela simples preguiça da arte de pensar e de procurar nos recôndidos da nossa mente o que realmente achamos. Não estou me excluindo. Sei que também tem o fator excesso de informação. Mal paramos para pensar em algo uma nova informação surge. Para que possamos formular uma opinião precisamos, obviamente, conhecer. Já assisti algumas edições do BBB, porém mais interessada em aspectos pscicológicos e comportamentais do ser humano. Nesta edição, e não considerando a possibilidade de tudo estar programado pela produção, tenho uma hipótese sobre a vitória de Dourado. Dourado pode estar representando uma aspecto do povo brasileiro. Ele defende sua sobrevivência literalmente no "muque", esmurrando as portas para conseguir vencer na vida. Não sei como nem porque ele foi parar no BBB de novo, mas ele se mostrou uma pessoa cheia de defeitos, mas que os reconhece. Forjada ou não demonstrou uma mudança. E não só o povo brasileiro, mas o ser humano é assim. Clama por uma nova oportunidade na vida, mas nem sempre a consegue. Foi uma vitória que despertou até uma certa "magia". Bom seria se todos nós pudêssemos ter uma nova chance como esta. Errar, reconhecer o erro, promover mudanças no nosso ser, talvez até de forma superficial, e sermos recompensados por isso. É disso que na minha opinião é feito o BBB. Das projeções do povo na vida alheia. Do que a maioria gostaria que acontecesse na sua vida. Olhando então por este prisma é que faço do BBB algo útil. E ainda poderíamos fazer muitas outras análises sobre vários outros aspectos. Mas isso não só vale para o BBB como para qualquer produção. Nada é inútil na minha opinião. Sempre podemos retirar algo se sairmos do pedantismo. Mesmo que este "algo" demonstre aspectos não muito agradáveis da nossa cultura. Mas estão ai. Estão acontecendo. São produções que, ao mesmo tempo que são fruto da sociedade, a influencia.
Assinar:
Postagens (Atom)