quarta-feira, 25 de maio de 2011

POR UM SENTIDO EXISTENCIAL MAIOR.

Considero que o ser humano merece muito mais do que apenas sobreviver. Esta "corrida de ratos" em que vivemos nos coloca na posição de trabalhadores para nos alimentar e pagar as dívidas. Irracionalmente nos colocamos na posição de devedores pelo consumo compulsório. Quanto mais dinheiro temos, mais desejamos. Este é um tema recorrente e se faz assim por ser uma situação que continua imperando na humanidade. Certas aquisições facilitam nossas vidas, mas a maioria o são para o preenchimento do vazio existencial. Por trás disso tudo, e sem me excluir, vejo egoísmo, fatalismo e pessimismo. Devemos perceber que a solidariedade não é algo que nos subtrai. Podemos ajudar o próximo dentro de nossas próprias profissões, cada um de acordo com suas capacidades e possibilidades. Nesta tarefa conseguimos preencher, pelo menos em parte, o vazio que nos faz seres para o consumo. Inspirado no debate do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire meu professor de Didática I disse: "o pessimismo e o fatalismo só cooperam para a preservação da situação atual." Se deixo meus sonhos morrerem e se aceito as condições que nos oprimem como algo imutável não me responsabilizo, continuo imóvel. Porém, somos seres capazes de nos transformar e de procovar mudanças. Só temos que resgatar esta consciência e nos movermos. Sair do comodismo e acreditar que viver é muito mais do que girarmos em torno dos bens materiais e continuarmos preservando o que não nos faz bem por achar que não temos escolha. O ser humano tem capacidades incríveis e inexploradas, mas estamos nos conformando em apenas "nos encaixar". Merecemos muito mais do que apenas lutar para sobreviver. Temos o direito de sermos quem quisermos ser, criar, transformar, interagir e juntos vivermos melhor e mais plenos.

"Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades e não de determinismos. Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade." (FREIRE, 1998).

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