segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Humanista Convicta.

" A tarefa do humanista não é apenas ocupar uma posição ou um lugar, nem simplesmente pertencer a algum local, mas antes estar ao mesmo tempo por dentro e por fora das idéias e valores circulantes que estão em debate, na nossa sociedade, na sociedade de alguma outra pessoa ou na sociedade do outro." (SAID, 2007, p. 42). Esta citação retirada do livro Humanista e Críticas Democráticas de Edward Said é um exemplo de sincronicidade. Vou explicar-me, já que farei uma escrita intertextual. Ao ler o blog de um amigo, elucidou-me sobre uma questão que coloquei aqui. Destino ou Coincidência? E ele resolveu a minha questão escrevendo que o que há,  na sua visão particular, é sincronicidade. "A Rede Cósmica existe e o que se considera coincidência nada mais é que sincronicidade. Estamos todos completamente conectados, mesmo que tentemos fugir disso em alguns momentos sombrios. O que acontece no Universo é de responsabilidade de todos nós, desde as coisas mais hediondas às mais belas. Somos Um." (ARUANDA, 2010). Então, considero a leitura do texto de Said neste momento particular da  minha vida  um exemplo de sincronicidade. A humanidade está acostumada a adotar discursos e se fechar em determinados dogmas e conceitos. Acontece que a  maioria das idéias, valores e conceitos que desde crianças adotamos como verdades gerais são produzidos por pessoas que conseguem impor suas idéias por estarem imbuidos de PODER. Pessoas como eu e você com traumas, sombras e alegrias mundanas ou não, com bagagem intelectual de vários tipos e intenções muitas vezes "duvidosas". Porém, por estarem empossados de poder conseguem divulgar e  até impor a sua visão de mundo. Quando digo intenções duvidosas me refiro a motivações capitalistas, em outras épocas monetárias, ou até mesmo "egoísticas" e que por consequência não beneficiam a maioria. Coloco-me na posição  de humanista, mas não como alguém também dotada de poder e produtora de discursos libertadores, mas sim como uma maneira de encarar a vida. Uma forma ao meu ver equilibrada por estar dentro de um sistema, mas saber posicionar-me, questionar e, muitas vezes, me libertar.